Abertas as inscrições para Master Class de Regência Coral em Petrópolis
Festival Internacional de Corais de Petrópolis terá Master Class com maestro alemão
Já estão abertas as inscrições para a Master Class de Regência Coral com o renomado maestro alemão Christoph Siebert no FIC-Festival Internacional de Corais de Petrópolis, que vai acontecer de 17 a 26 de agosto em diversos espaços da cidade. Os interessados devem efetuar a inscrição por meio do site do evento www.ficpetropolis.com.br até o dia 30 de julho.
A primeira edição do FIC Petrópolis reserva uma programação de excelência em espaços nobres da cidade como o Palácio de Cristal, o Palácio Quitandinha e o Theatro D. Pedro, além de espaço público aberto como a Praça D. Pedro. Serão três horários diários de apresentações, sendo concerto com coros e orquestra, concertos de gala, apresentações populares, encontro de corais e de órgão, além do grande concerto com os coros do festival no último dia do evento.
A Master Class será realizada na sede do Instituto dos Meninos Cantores de Petrópolis (Canarinhos, rua Santos Dumont, 355, Centro), entre os dias 18 e 21 de agosto, das 9h30 às 17h. O custo é de R$ 350 para aluno ativo e R$ 200 para aluno ouvinte, com direito a certificado. No dia 22 de agosto, às 20h30, no Theatro D. Pedro, haverá o concerto com os alunos, oportunidade para que o público conheça o trabalho do grande músico alemão, maestro Christoph Siebert.
Entre as atividades do FIC Petrópolis haverá também workshop de Técnica Vocal com Lorena Espina, cujos detalhes serão divulgados posteriormente.
– É muito grande a nossa expectativa para este festival, já que foi um evento acalentado pelo segmento de canto coral, é um sonho da classe que estamos conseguindo colocar em prática –revela o diretor Geral do FIC, maestro Leonardo Randolfo, presidente do Instituto Municipal de Cultura.
Em breve haverá o lançamento do FIC Petrópolis para a imprensa e a comunidade cultural, com a divulgação da programação em detalhes. O maestro Marco Aurélio Lischt, diretor Artístico do evento, ressalta a importância desta realização para a cidade: “Penso que o Festival Internacional de Corais de Petrópolis será mais um “tijolo” na construção do status cultural de nossa cidade, que tem tudo para ser um grande centro e referência musical, em especial do canto coral, já que possui uma herança histórica inigualável em nosso país –afirma.
MAESTRO ALEMÃO
Christoph Siebert é um dos regentes do atual cenário musical original. Além de suas atividades profissionais trabalha com coros semi-profissionais como “Collegium Vocale Gent”, do qual é o regente principal e com o “Coro de Câmara Alemão”. Já conduziu orquestras como a Filarmônica de Câmara de Bremen, a Orquestra Barroca de Freiburg e a La Chapelle Royale, bem como o Coro da Rádio de Berlim, o Vocalconsort de Berlim, e recentemente a Camerata Daejeon na Coréia do Sul.
Em 2009 trabalhou com o Coro da Rádio de Berlim em uma produção para Sir Simon Rattle e a Filarmônica de Berlim e em janeiro de 2010 com a Orquestra de Câmara do Sudoeste Alemão. Em 2015 regeu o coro Ruhrtriennale Collegium Vocale Gent no filme ‘Accatone’ em uma das encenações de Johan Simons e foi nomeado o diretor coral do então recém-formado EuropaChor-Frankfurt e com este, juntamente com a Orquestra Sinfônica da Rádio de Hessen e sob a regência de Orozco-Estrada, fez sua primeira apresentação com a 3ª Sinfonia de Mahler. Em 2017 fez sua estreia na Coreia do Sul com a Camerata Vocale Daejeon, quando dirigiu um programa com obras de Franz Schubert.
Christoph Siebert fundou a orquestra com instrumentos históricos “Concerto Classico Frankfurt”, cujo trabalho, além da literatura barroca com obras orquestrais e oratórios, está também focado no repertório sinfônico do período clássico. É professor adjunto de regência coral na Escola Superior de Música e Artes Cênicas em Frankfurt/Main e trabalha desde 2012 como Coach no projeto de ensino fundamental “Primacanta – a cada criança a sua voz”.
TRADIÇÃO
É sabido que a tradição do Canto Coral em Petrópolis vem de longa data. Quase toda instituição petropolitana constitui seu grupo coral, pequeno ou grande, profissional ou amador, de inúmeros gêneros, incluindo os incontáveis grupos em templos religiosos de várias crenças. Trata-se de um movimento profícuo, cuja sementinha foi plantada lá em 1863 com a fundação da Sociedade Coral Concórdia pelos alemães —primeira instituição com a finalidade de divulgar o canto coral. Com a comunidade alemã veio a criação do primeiro coral da cidade, abrindo caminho para a existência deste segmento, que agrega o maior número de pessoas em Petrópolis.