Agora é Lei: Bricelet é reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial de Petrópolis
O tradicional Bricelet, biscoito fino de origem suíça produzido há mais de 80 anos pelas monjas beneditinas do Mosteiro da Virgem, agora faz parte oficialmente da história petropolitana. A Lei nº 9.145/25, de autoria do presidente da Câmara Municipal de Petrópolis, vereador Júnior Coruja, declara o Bricelet como Patrimônio Cultural Imaterial do Município e institui o dia 8 de dezembro como data comemorativa oficial.
Considerado um símbolo da gastronomia e da devoção religiosa local, o Bricelet tem sua origem ligada à Irmã Maria Teresa Rey, nascida na Suíça, que trouxe a receita ao Brasil em 1937, adaptando-a para sustentar a comunidade beneditina recém-instalada na cidade. Desde então, a produção mantém seu caráter artesanal e espiritual, passando de geração em geração dentro dos mosteiros.
A nova lei reconhece o valor histórico, simbólico e afetivo desse biscoito, que se tornou parte da identidade cultural de Petrópolis. A partir da legislação, o município passa a incentivar ações de preservação, divulgação e valorização, garantindo que o Bricelet passe a ser mais conhecido e seja um marco da tradição local.
A data comemorativa escolhida, 8 de dezembro, coincide com a festa patronal do Mosteiro da Virgem, reforçando o vínculo histórico e religioso do Bricelet com a comunidade beneditina. Foi nesse mesmo dia, em 1939, que as irmãs realizaram sua profissão religiosa segundo a Regra de São Bento.
Além de seu papel cultural, o Bricelet também possui potencial turístico e econômico, ao atrair visitantes que buscam produtos artesanais e tradicionais da cidade imperial. A lei prevê ainda que o Poder Executivo poderá firmar parcerias com instituições culturais, religiosas e educacionais para realizar oficinas, feiras, exposições e demais atividades que contribuam para difundir a tradição.
Ao apresentar a proposta, o vereador Júnior Coruja destacou: “O Bricelet é mais que um biscoito; é memória, identidade e afeto. Reconhecer esse patrimônio é preservar uma história que atravessa gerações e valoriza a cultura que faz de Petrópolis uma cidade única”.