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Claudia Castelo Branco encerra o Projeto ‘ Viva Sivuca’ no Sesc Quitandinha

Claudia Castelo Branco encerra o Projeto ‘ Viva Sivuca’ no Sesc Quitandinha

Após realizar diversas apresentações com o projeto, “Viva Sivuca – Homenagem Ao Poeta Do Som”, que passaram pelos Sescs de, Copacabana, Tijuca, Madureira, a cantora, compositora e pianista Claudia Castelo Branco, encerra o projeto com chave de ouro no Sesc Quitandinha, localizado em Petrópolis, no dia 22 de setembro, ás 19h30min.

Claudia será acompanhada por músicos de primeira, entre eles, Fred Ferreira (baixo e guitarra) e Rodrigo Maré (percussão). De forma inusitada, o trio de piano, baixo e percussão revê a obra de Sivuca sem utilizar a sanfona, mostrando que a música desse grande compositor atravessa todos os limites e alcança os mais diversos tipos de sonoridades e linguagens.

“Quando a sanfona sai, podemos encarar como um problema ou simplesmente como uma oportunidade de criar novos diálogos. Eu preferi pensar sempre a partir do que eu sou – enquanto pianista, cantora, compositora – e de como eu processo as músicas de Sivuca. Experimentar ver de que forma minha voz e piano absorvem e reproduzem aquele universo. Assim, eu mesma me surpreendo. Gosto desse caminho”, explica Claudia.

A ideia foi divulgar a vida e obra de Sivuca, esse compositor que – tocava além da sanfona – sua marca registrada – piano, violão, percussão, entre vários outros instrumentos. O artista era também arranjador e orquestrador, sendo grande improvisador de jazz. Assim, “Viva Sivuca – Homenagem ao Poeta do Som” vai mostrou que, apesar de o artista ter como instrumento principal a sanfona, ele não era apenas – o que já seria o bastante –um compositor do gênero regional/ nordestino. Até porque a obra de Sivuca inclui choros, sambas, bossa nova e temas instrumentais, além de dialogar intensamente com a cultura do Rio de Janeiro, cidade onde morou por muitos anos.

Com 20 anos de carreira, Claudia Castelo Branco é também a diretora artística e musical do espetáculo, cujo repertório inclui temas instrumentais, como o baião “Um tom para Jobim” e o choro “Dino pintando 7 cordas”, e também canções ainda desconhecidas do grande público como “Canção que se imaginara” e “Amor verdadeiro”. Mas é claro que não faltarão sucessos de Sivuca, como “Feira de Mangaio”, “João e Maria” e “Maria Fulô”. Nada como uma bela homenagem trazendo um olhar diferenciado sobre uma grande obra!

“A intenção deste foi apresentar a obra de Sivuca para dentro do piano, justamente por ser um diálogo entre o meu universo e o dele. Onde há o ponto de contato entre a obra e o intérprete? Essa foi a pergunta que me fiz quando decidi abordar as músicas sem que houvesse a necessidade de representar Sivuca por meio da sanfona. Quando ela sai dos arranjos, a gente subverte a lógica de representar um repertório a partir do que esperamos dele e abrimos a escuta para diversas outras possibilidades”, amplia a intérprete.

Sobre Claudia Castelo Branco

Pianista, compositora, arranjadora e cantora, Claudia Castelo Branco completou 20 anos de carreira. Ao lado da também pianista Bianca Gismonti, formou o Duo Gisbranco, pelo qual lançou cinco álbuns e se apresentou em diversos países, como França, Portugal, Espanha, Turquia, Canadá, Holanda e Irlanda. Em 2021, o duo ganhou o Prêmio Profissionais da Música como Arranjadoras.

Em 2016, Claudia lançou o CD autoral “Você na nuvem” em parceria com Marcos Campello. Em 2018, foi a vez do CD também autoral “Pássaros” em parceria com Bianca Gismonti e Chico César. E, em 2021, lançou o CD solo “Cantada carioca”, em que interpreta canções de 12 compositoras cariocas da MPB. Em 2022, fez a série de vídeos “Samba solo” com músicas de Noel Rosa e Sinhô, por meio do Edital Cultura Presente nas Redes. Atualmente, além da carreira solo, Claudia faz parte do grupo de compositores Selva Lírica, ao lado de Ilessi, Demarca e Thiago Thiago de Mello.

Em 2020, estreou o espetáculo “Luas” no Rio Jazz Montreux Festival (ao lado da percussionista Lanh Lanh e de Bianca Gismonti) e, no ano seguinte, fez a direção musical do espetáculo “Homenagem a Sivuca” na abertura do Rio Music Market, com participações especiais de Pedro Miranda e Mariana Aydar. Em 2022, estreou o show “Viva Sivuca” no Blue Note de São Paulo.

Claudia Castelo Branco participou como compositora e arranjadora do CD “Entre rios”, do Quarteto de Cordas cAis e do projeto “Concertos para a Independência” com o Quarteto de Cordas da UFF. Ela também assina a trilha sonora e a direção musical dos espetáculos “Saia” e “Um palco para Narcisa”, dirigidos por Joana Lebreiro. Ainda em 2020, lançou dois singles com o grupo MPB4: “Gota d’água” e “Maria Maria”.

A artista já dividiu o palco com importantes nomes da MPB, como Chico César, Monica Salmaso, Jaques Morelenbaum, Ná Ozzetti, Carlos Malta e Marcos Suzano. Claudia é bacharel em piano pela UFRJ e mestre em composição pela UNIRIO, tendo estudado, durante um ano, composição no Ithaca College, em Nova York (Estados Unidos).

Sobre Sivuca

Nascido em 26 de maio de 1930, em Itabaiana, na Paraíba, Sivuca foi um multi-instrumentista, maestro, arranjador, compositor, orquestrador e cantor brasileiro. Suas composições e trabalhos incluem ritmos diversos, como choros, frevos, forrós, jazz, baião, música clássica, blues.

Em 2006, ano da morte de Sivuca, o Ministério da Cultura reconheceu a importância de seu trabalho, concedendo-lhe a Ordem ao Mérito Cultural. Sem limites para sua arte, o artista provou que, com sua sanfona, poderia tocar bossa nova, jazz, forró, choro, baião, samba, maracatu ou frevo, sempre com o molho do improviso, que aprendeu ainda jovem com as big bands difundidas pelas ondas do rádio e com os cantadores de coco e rojão de sua terra.

Serviço:

Local: Centro Cultural Sesc Quitandinha (Café Concerto)

Endereço: Av. Joaquim Rolla, n º 2 – Petrópolis/RJ

Dia: 22 de setembro (sexta-feira) 

Horário: 19h30min

Valor: R$10,00 (inteira), R$5,00 (meia entrada para casos previstos por lei, estendida a professores e classe artística mediante apresentação de registro profissional), gratuito (credencial plena Sesc e público PCG).

Foto: Luis Fernando Pagliarini

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