Designer petropolitano lança podcast sobre o mundo dos automóveis

Designer petropolitano lança podcast sobre o mundo dos automóveis

Resgatar memórias afetivas de um tempo pré aplicativos de áudio quando ouvir rádio no carro buscando uma estação nova a cada cidade que se encontrava pelas estradas era a única opção e também uma boa diversão, essa foi a inspiração do designer petropolitano David Amorelli para criar o podcast Rádio Quebra Vento, que todas as segundas-feiras apresenta um episódio novo trazendo atualidades sobre o mundo dos automóveis e curiosidades como, por exemplo, a história do acessório que dá nome ao programa. Se você nunca soube que já existiram carros com quebra ventos ou não está ligando o nome à pessoa, no episódio 1, David explica do que se trata.

Formado em Desenho Industrial, design de produto, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e tendo passado dois anos estudando na Swinburne University of Technology, em Melbourne, na Austrália, graças ao programa Ciência sem Fronteiras, David Amorelli, aos 33 anos de idade, atualmente trabalha com design editorial, mas o universo dos automóveis sempre foi a sua paixão, segundo ele, desde que se ‘entende por gente’. Esse interesse pelos carros também se refletiu em atuações profissionais como designer levando-o a ser finalista em dois concursos de design automotivo da Volkswagen.

 A Rádio Quebra Vento está disponível no Spotfy, Amazon Music e Apple podcasts pelo @radioquebravento. Além do áudio, é possível acompanhar vídeos de matérias especiais, os chamados cortes, no @quebraventonews pelo Instagram, Tik tok e Facebook.

Acontece na serra – Qual a motivação para criar a Rádio Quebra Vento?

David Amorelli – Bem, eu quis trazer de volta o mundo dos automóveis para a minha vida, já que o meu trabalho atual me afastou desse universo. É um desejo pessoal de incorporar na minha vida esse gosto por carros que vem desde sempre.

A.S. – Por que a escolha pelo podcast?

D.A. – Ah eu sou muito fã do que o podcast pode proporcionar como experiência para as pessoas. Eu mesmo sou um consumidor ávido. Eu uço bastante. Procurei criar um programa informativo, divertido e rápido de ser consumido pelas pessoas enquanto elas podem estar fazendo outras coisas. Esse é o diferencial do áudio sobre as outras mídias que envolvem a imagem.

A.S. – E porque esse nome: Rádio Quebra Vento?

D.A. – Bem, primeiro eu quis resgatar a memória afetiva das rádios. Nesse caso, é a memória dos anos 80, 90. Daí essa coisa da nostalgia e da cultura vintage e para relacionar essas questões, me veio à mente os automóveis daquela época. Muitas ideias vieram, mas eu optei pelo Quebra Vento, aquela janelinha de ventilação muito característica dos carros daquele tempo e que desapareceu nos carros modernos.

A.S. – Você é um designer que está se aventurando no jornalismo. Qual a razão dessa escolha?

D.A. – Então, como eu disse, a rotina, o dia a dia do trabalho me afastaram desse mundo dos automóveis que eu sempre gostei. Eu sempre fui um consumidor do jornalismo automotivo. Sou leitor da revista 4 Rodas há muitos anos. Acho que na minha coleção, o exemplar mais antigo é de 1995 ou 1996. E eu senti também que havia espaço para um podcast que levasse para esse novo formato um pouco do que eu sempre procurei nas revistas: novidades, testes, curiosidades.

A.S. – Quais as dificuldades que você tem enfrentado nesse novo caminho?

D.A. – A maior dificuldade é encaixar a produção, a pesquisa, a criação do roteiro na minha rotina diária já que eu tenho um trabalho, um emprego formal distante dessa realidade do mundo dos automóveis e faço tudo sozinho no podcast. Além disso, tem as questões técnicas, o conhecimento formal do jornalismo, mesmo. Para isso eu conto com a ajuda do meu pai que é jornalista e me ajuda a tatear e descobrir esse mundo novo, além de outras pessoas como minha mãe, minha noiva e os amigos que estão sempre me dando dicas e toques para melhorar.

A.S. – Bem, você diz que esse é um universo novo para você. E a voz? Como é se ouvir?

D.A. – Ah, essa parte é complicada. A voz é muito pessoal e no início é muito estranho se ouvir. Mas na minha profissão de designer você está sempre se avaliando. Isso é muito importante para você que está criando não se perder no seu próprio pensamento. Então eu tenho feito isso, seja no conteúdo do programa ou mesmo na minha performance no áudio. Eu me ouço, avalio e aplico para o próximo. A ideia é que o próximo seja sempre melhor.

A.S. – E como está a repercussão?

D.A. – Olha, a repercussão tem sido boa. Os ouvintes relatam, por exemplo, que determinadas matérias trouxeram memórias e essa é a melhor parte porque esse é o meu objetivo. Informar sim, mas também despertar essas memórias. Além disso, a repercussão nas redes sociais também tem sido positiva e agora eu já começo até a receber sugestões de pauta para o programa. 

A.S. – E onde a Rádio Quebra Vento quere chegar?

D.A. – Bem, eu quero deixar tudo estruturado. Quero que o podcast alcance as pessoas, tenha relevância. Isso pra mim seria muito legal. E eu penso também em novos projetos, mais voltados até para o design de automóveis trazendo, por exemplo, análises mais aprofundadas sobre o estilo e a estética de alguns modelos de carros. Mas o importante mesmo é que seja divertido para as pessoas e para mim. Isso já vai me deixar bem feliz.

A.S – David você é petropolitano, há espaço para a cidade no seu podcast?

D.A. – Sem dúvidas que sim. Petrópolis, além de ser muito marcante na minha vida pessoal, tem uma cultura automobilística riquíssima. São os antigos circuitos de rua, as equipes de Stock Car sediadas aqui, a tradição dos encontros de carros antigos, sem falar na cultura de modificação de carros. Sem dúvidas que Petrópolis será pauta na Rádio Quebra Vento.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.

Acessos

  • 234.967 cliques