Festival de Inverno do Sesc vai aquecer a Serra
14ª edição do Festival Sesc de Inverno foi lançada no Sesc Quitandinha. Na programação, nomes como Zeca Pagodinho, o Rappa, entre outros 200 artistas
Junto à estação mais aconchegante do ano, chega à serra fluminense mais uma edição do Festival Sesc de Inverno, dando excelentes motivos para ninguém ficar curtindo o frio debaixo das cobertas. Não vão faltar opções para se aquecer com arte e cultura, numa programação recheada com música, teatro, dança, literatura, artes visuais e cinema, além de algumas novidades e surpresas especialmente planejadas para esta edição. O Festival será realizado no período entre 24/7 e 2/8. A programação continua extensa.
Em Petrópolis, o lançamento do 14º Festival Sesc de Inverno – [Des]construindo sentidos – aconteceu na manhã desta quarta-feira, 8, no Sesc Quitandinha – um dos mais belos cartões postais da cidade imperial – espaço que será palco de parte das apresentações no município.
O festival acontece simultaneamente em Teresópolis e Nova Friburgo. A programação reúne artistas renomados como Zeca Pagodinho, O Rappa, Wagner Tiso e Tunai, Kleiton e Kledir e Antônio Fagundes, entre outras atrações. Artistas locais entre os quais o Trio Dubrá e o Grupo Circense Andança, incrementam a programação, que vai movimentar o cenário cultural petropolitano por 10 dias consecutivos.
– O Festival de Inverno é um momento importante para todos nós, pois promove ainda mais a integração do Sesc com as cidades. Para nós foi um desafio elaborar uma programação à altura da suntuosidade e dos aspectos arquitetônicos do Quitandinha. Teremos uma programação intensa e diversificada ao longo de dez dias. Queremos trazer a população e os visitantes para interagirem e participarem – disse o diretor do Sesc Rio, Mauro Rego.
A abertura do evento em Petrópolis acontecerá no dia 24, às 20h, com a Orquestra Ouro Preto com Joyce (Beatles). O grupo promove o diálogo entre os universos da música erudita e popular, propondo uma viagem sonora pela biografia musical dos Beatles ao unir, no mesmo palco, uma banda de rock a uma orquestra de cordas.
Ao todo mais de 200 artistas se apresentam no 14º Festival Sesc de Inverno. Serão 10 dias – incluindo dois fins de semana – de música, teatro, dança, literatura, cinema, artes visuais, workshops, lançamentos de livros, palestras, seminários e oficinas.
Em Petrópolis as apresentação acontecem nas unidades do Sesc Quitandinha e Sesc Nogueira e também ao ar livre, no Parque Municipal, em Itaipava e em praças públicas.
– Este evento é cuidadosamente pensado e elaborado buscando atender aos mais diversos perfis da população de cada cidade. A programação é variada para que a interação aconteça com diferentes tipos de público. A ideia é promover a integração da sociedade com o festival e trazer movimento para a cidade. O Quitandinha é um espaço impregnado de memória e de história. Mais do que resgatar esta memória, a ideia é que o festival ajude a construir a memória presente, que é formada a cada momento – explica a gerente de Cultura do Sesc Rio, Maria José Gouvea, lembrando o mote do 14º Festival de Inverno Sesc – [Des]construindo sentidos.
A presidente da Fundação Municipal de Cultura e Turismo, Thais Ferreira, destaca a importância do evento para o turismo e a economia de Petrópolis. “O Sesc é um importante parceiro da cidade. A sede de vocês está em um dos prédios de maior relevância histórica para Petrópolis, um espaço que vem sendo muito bem cuidado. O Festival acontece no período de alta temporada, traz artistas renomados e abre também espaço para apresentações de artistas locais, o que certamente vai movimentar ainda mais a cidade”, pontua. A expectativa da Fundação Municipal de Turismo é de que mais de 700 mil turistas e visitantes passem por Petrópolis durante o período de alta temporada.
O encerramento do lançamento foi feito com uma apresentação de músicos do grupo Pandeiro Repique Duo. Os músicos Bernardo Aguiar e Gabriel Policarpo passeiam por timbres do som minimalista ao som explosivo, desafiando a percepção dos ouvintes de que são apenas dois instrumentistas e não uma bateria de Escola de Samba inteira. Sentindo que está transitando desde as profundas raízes da percussão brasileira até a mais livre improvisação, a plateia é convidada a participar ativamente de toda essa emoção que o pandeiro e o repique surpreendentemente são capazes de gerar. “Temos dois CDs com músicas de percussão. Um deles é fruto de um projeto do qual participamos na Dinamarca. Somos os únicos músicos que trabalham somente com a percussão e lá fora as pessoas se identificam muito com este tipo de som”, conta Bernardo. Pelo Festival Sesc de Inverno, com entrada franca, o grupo Pandeiro Repique Duo se apresentará em Petrópolis, Teresópolis e Friburgo.
– Estamos muito felizes por participar do Festival do Sesc, é um evento que tem uma estrutura muito boa. A oportunidade de tocar nas três cidade é uma conquista importante pra nós, uma vitória – completa o músico Gabriel.