“O Bernardo sempre jogava um outro game e sempre que eu passava perto dele, brincava dizendo que aquilo era chato. Um dia ele disse para eu fazer melhor e decidi, a partir daí, fazer o ‘Pipa Combate’. Quando coloquei sua primeira versão no ar, os downloads começaram e eu fiquei surpreso com o alcance do jogo e os comentários a respeito. Com isso, decidi trabalhar no game e continuo aperfeiçoando até hoje”, explicou Rafael.
Da paixão pelas pipas, surgiu a ideia do game. Com jogabilidade simples, trata-se de um simulador que consiste no desafio de aparar as outras pipas. É composto por comandos intuitivos, diversas linhas, pipas, cenários e uma animada trilha sonora – com muito funks e vozes que simulam a própria atividade de soltar pipas – a fama tem crescido, também, entre os usuários de iOS e já chegou a quase 500 mil downloads, com pouco mais de um mês na Apple Store.
(Foto: Bruno Rodrigues/G1)
Segundo Rafael, formado em Tecnologia da Informação em 2003, em Petrópolis,, o sucesso foi por acaso. Para o seu trabalho como desenvolvedor de software, precisava criar um aplicativo para smartphone solicitado por um cliente.
Pelo desafio feito pelo filho, começou a criar o jogo, que fazia em meio às poucas horas ociosas. Daí, ele colocou o jogo para saber como seria o procedimento de cadastrar nas lojas virtuais e, de uma hora para outra, sem nenhuma divulgação, os downloads começaram.
O desenvolvedor resolveu incluir a trilha sonora a as gírias utilizadas por quem solta pipa. Com a ajuda de amigo, compuseram o funk tão reproduzido pelos jogadores do game e usando as vozes da própria família, criou as gírias utilizadas durante cada partida. Depois de um mês no ar, mais de 4 milhões de usuários já tinham baixado o jogo.
“Agora meu filho fica todo orgulhoso. Os amigos dele, que também jogavam o mesmo jogo antes, agora curtem o ‘Pipa Combate’ e ele conta para todo mundo que foi o pai dele que projetou. Isso me deixa muito contente. Agora estou trabalhando para aprimorar o jogo. Fazer melhorias, disponibilizar a competição online, enfim, tornar o jogo ainda mais atrativo”, contou.
no ramo de games (Foto: Bruno Rodrigues/G1)
Dono de uma startup, ele não revela o quanto fatura com o game, mas explica que apesar do jogo ainda não ser pago em nenhuma das plataformas disponível, recebe dinheiro proveniente dos anúncios que aparecem em cada jogo.
“Apesar disso, não tenho a intenção de colocar algum valor para o usuário. Esse jogo é a minha porta de entrada nesse universo. Quero que cada vez mais pessoas o baixem. Estou pensando em outros jogos para desenvolver, mas isso é mais para o futuro. Quero me especializar nessa área agora”, disse ele, explicando que está terminando o processo para disponibilizar o jogo, também, para usuários do Windows Phone.