Instituto Açucena lança em Petrópolis Programa de Desenvolvimento Integral para mulheres em situação de vulnerabilidade
Foi lançado oficialmente, em Petrópolis, o PDI – Programa de Desenvolvimento Integral do Instituto Açucena, organização sem fins lucrativos que promove, em vários municípios brasileiros, trabalhos voltados a mulheres em situação de vulnerabilidade. O propósito é, além da geração de renda por meio de cursos profissionalizantes, resgatar a força e a confiança dessas mulheres para que elas atinjam suas potencialidades em grau máximo, gerando uma real transformação em suas vidas. O encontro contou com a presença virtual de dezenas de atendidas pelo Açucena e com representantes de instituições parceiras ao programa.
“Essa parceria tem sido incrível! Tem sido uma verdadeira mudança na realidade dessas famílias. Tem dado às mulheres assistidas aqui em Florianópolis ainda mais motivação. Quando elas se empoderam, elas transformam a vida dos filhos e de todos à sua volta”, contou, durante o encontro, Jaqueline Sousa, da AMMO, Associação de Mulheres do Monte Cristo, entidade parceira em Florianópolis.
Criado no final de 2020, o Instituto Açucena é fruto do trabalho desenvolvido desde 2016 na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, pelo Projeto Solidarize, desenvolvido por Cristina Gomes. “Através das ações de acolhimento, direcionamento, motivação, engajamento e acompanhamento, ajudamos a mulher a se libertar das prisões ideológicas que a impedem de brilhar. O projeto Açucena pode ser o divisor de águas na vida de cada mulher assistida por ele”, explica Cristina, que também participou do evento que foi sediado pelo Instituto Vishva Vidya, em Petrópolis, e transmitido para todo o país pelo Domo, tecnologia pioneira no Brasil e inovadora em transmissões online.
A ocasião também marcou o lançamento da plataforma de ensino onde ficará hospedado todo o conteúdo da nova metodologia que começa a ser implantada a partir de agora pelo Instituto. O trabalho com o PDI é inovador, uma vez que o método traz uma visão do ser humano em sua integralidade. Além da capacitação profissional, o Instituto vai cuidar do lado empreendedor e emocional dessas mulheres. O trabalho será feito no modelo híbrido de aprendizagem, contando com aulas online e presenciais e está estruturado em cinco pilares.
O primeiro pilar do PDI é a promoção da segurança alimentar da família dessa mulher. Com a garantia de uma cesta básica mensal, ela poderá se concentrar e se dedicar ao aprendizado. A segunda fase é trabalhar o autoconhecimento e a autoestima delas, mostrando o quanto elas são capazes, quando há vontade e dedicação. Vão ser trabalhadas questões motivacionais, amarras ideológicas e crenças limitantes para que elas se libertem de antigos padrões de pensamentos e alcancem a verdadeira transformação em suas vidas. O terceiro pilar é a inspiração. O objetivo aqui é contar histórias de outras mulheres que também passaram por situações desafiadoras e conseguiram crescer, provando que é possível se tornar protagonista da própria história.
A quarta fase é o curso profissionalizante em si. São oficinas e workshops de capacitação em diversas áreas: saboaria, velas, artesanato, gastronomia e produtos de beleza e higiene sustentáveis como desodorantes, pó dental, shampoo e condicionador. Por último, e de extrema importância, essas mulheres vão receber aulas de empreendedorismo. Elas vão aprender a vender, terão noções de marketing, empreendedorismo e administração. O Instituto vai oferecer ainda mentoria e consultoria nessas áreas.
“Pesquisas mostram que de cada 100 mulheres assistidas por instituições que dão suporte profissionalizante, apenas uma transforma realmente sua vida. É um percentual muito pequeno. Por isso criamos essa metodologia de desenvolvimento integrado. Com mais consistência e pensando de forma integral, elas têm uma base sólida para se desenvolverem”, informou Caito Fortes Guimarães, diretor executivo do Instituto Açucena.
De acordo com Marina Borges, assistente social da Associação Pró-Esporte e Cultura, uma das instituições parceiras em Ribeirão Preto, todo o conteúdo e a metodologia do Instituto vão ajudar muitas mulheres a se reerguerem nesse período. “A pandemia mexeu demais na estrutura das famílias. É um verdadeiro serviço social em que essas mulheres vão poder ser donas das rédeas da própria vida. Vai ser um caminho transformador para cada uma delas”, comemorou Marina.
O objetivo do Açucena é atender inicialmente 300 mulheres durante quatro meses de trabalho. Mas o intuito também é expandir esse número, conforme forem realizadas novas parcerias em outros municípios. Hoje o trabalho está na Ilha do Governador e no bairro de Sepetiba na cidade do Rio de Janeiro; em Florianópolis, Santa Catarina; e em Ribeirão Preto, São Paulo. Em cada cidade, o Instituto trabalha com instituições parceiras, que cadastram e encaminham as mulheres que se encaixam no programa. As alunas poderão assistir às aulas online diretamente nessas entidades parceiras. Quem quiser saber mais informações, pode acompanhar o Instituto pelas redes sociais. No Instagram pelo @institutoacucena.
“Tudo foi pensado com muito carinho para essas mulheres. Se assistirem de casa às aulas, no celular, por exemplo, terão mil motivos de distração. Indo às instituições parceiras, elas podem se concentrar nas aulas, além de terem toda estrutura necessária para os estudos. Diferentemente de muitos projetos que são puramente assistencialistas, o Instituto Açucena vai cercar a mulher de todas as ferramentas e possibilidades e torná-la capaz de realmente empreender, fazendo com que ela cresça e desenvolva seu trabalho”, destacou Caito.
Durante o lançamento, o professor tradicional de Vedanta Jonas Masetti, fundador do Instituto Vishva Vidya e um dos embaixadores da Tradição Védica na América do Sul, palestrou sobre a busca da felicidade. “Todo mundo merece ser feliz. E é de dentro pra fora que as coisas se transformam. É uma busca interna que depende de nós mesmos. Que vocês possam cada vez mais resgatar a força e o amor que existem dentro de cada uma de vocês. Porque só o amor liberta”, incentivou o professor Jonas.
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