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Petrópolis deve ganhar plataforma de participação popular para buscar soluções para os problemas da cidade

Petrópolis deve ganhar plataforma de participação popular para buscar soluções para os problemas da cidade

A primeira oficina do projeto “Cartografias do Ecossistema de Inovação Social de Petrópolis” aconteceu, na última quarta-feira, 03 de julho, no Cefet Petrópolis. O projeto do Instituto Philippe Guédon (IPG) é uma parceria do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional (IPPUR/UFRJ) e da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), tem trabalhado na pesquisa de reconhecimento da rede de organizações, entidades, coletivos, grupos (formais e não formais) que se mobilizam para buscar e/ou propor soluções inovadoras para problemas públicos da cidade. São essas soluções que são chamadas de inovações sociais.

Ramiro Farjalla

Representando o IPG, o Vice-Presidente, Ramiro Farjalla, destacou que “a parceria com o IPG tem como o principal propósito o uso da plataforma para impulsionar o PEP20 porque é o espaço de iniciativas sociais para empoderar a sociedade civil organizada e que a inovação social está inevitavelmente aliada ao digital para fortalecer a cultura da participação cidadã ou cidadania participativa nos dias atuais e para as gerações presente e futuras.”.

Na oficina, o coordenador do projeto, professor Gustavo Costa, e os pesquisadores Reginaldo Braga Jr. e Carla Magno falaram um pouco sobre a abordagem teórica de políticas públicas que sustenta a pesquisa, apresentaram um protótipo da plataforma digital que está sendo desenvolvida para funcionar como uma ferramenta pública, colaborativa, e contaram como tem sido o trabalho de estudo e mapeamento da rede de iniciativas de inovação social e seus atores de suporte. “Na década de 90, um teórico chamado Frank Fischer propõe uma virada argumentativa das políticas públicas, que é a ideia de pensar as políticas públicas a partir dos agentes sociais situados no território. Então, basicamente, o que ele diz é que o Estado tem especialistas que pensam as políticas públicas de cima para baixo e esses especialistas do governo estão muito afastados dos problemas públicos, o que faz com que nem sempre a interpretação deles seja adequada para resolvê-los. Por outro lado você tem, na sociedade, organizações ou indivíduos que estão lidando com os problemas públicos cotidianamente, pensando soluções para esses problemas públicos e agindo sobre eles”, explicou Gustavo.

Gustavo Costa

Para mapear esses agentes sociais e as iniciativas em que muitos deles estão organizados, a equipe de pesquisadores utilizou, como um dos pontos de partida, por exemplo, a base de dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre organizações da sociedade civil e também estudou o território de Petrópolis. “Dentro desse processo de preparação, desse trabalho inicial do planejamento do campo, a gente produziu alguns mapas até para entender, em uma etapa posterior, como é que essas inovações sociais dialogam com a dinâmica territorial do município”, comentou Reginaldo.

As informações sobre as iniciativas de inovação social, o perfil, a localização, as causas e as regiões em que atuam e de que forma agem são recolhidas a partir de um formulário, o que permite que os próprios agentes sociais possam cadastrar suas iniciativas e que a plataforma, futuramente, seja alimentada de forma orgânica e colaborativa. Por meio da produção de mapas e gráficos que vão cruzar essas informações, os pesquisadores pretendem, com essa ferramenta pública, produzir e disponibilizar conhecimentos que permitam dinamizar as trocas e interações entre as iniciativas e fomentar as inovações sociais, facilitando a mobilização e a organização diante das esferas de poder e, consequentemente, favorecendo o surgimento de mais iniciativas do tipo, ou seja, mais ideias de soluções para os problemas públicos de Petrópolis. No atual estágio da pesquisa, os pesquisadores têm agendado entrevistas diretamente com as iniciativas já mapeadas para aplicação do formulário, de forma que a ferramenta contenha uma base minimamente robusta de dados.

Interessados em conhecer e participar da pesquisa podem entrar em contato pelo email eisp@ippur.ufrj.br ou acessar o formulário diretamente pelo link .

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