LNCC, em Petrópolis, foi palco da XXI Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica
O Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) foi palco da XXI Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica nessa terça-feira (27), coordenada pelo pesquisador José Karam, um evento que reúne anualmente jovens pesquisadores para compartilhar seus trabalhos e impulsionar a inovação científica no Brasil. Realizado com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o encontro proporciona aos bolsistas dos Programas Institucionais de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) e Bolsas de Iniciação Tecnológica (PIBITI) a oportunidade de apresentar os resultados de suas pesquisas e receberem o feedback de pesquisadores de alto nível.
Destaca-se o papel relevante do PIBIC/PIBITI do LNCC no desenvolvimento das pesquisas e, principalmente, na formação complementar dos bolsistas, promovendo o aprimoramento de conhecimento, espírito criativo, reflexão crítica e ética.
Jornadas como essa são importantes para o avanço da ciência, especialmente em áreas estratégicas como modelagem computacional e computação científica. Ao aproximar jovens talentos e pesquisadores experientes, o LNCC fomenta a troca de conhecimentos e a colaboração, estimulando a criação de projetos inovadores e a formação de novas gerações de cientistas. A discussão de ideias e a apresentação de resultados contribuem para o desenvolvimento de soluções para os desafios mais complexos da sociedade, impulsionando o progresso científico e tecnológico do país.
LNCC
O LNCC pesquisa, desenvolve e inova em várias áreas do conhecimento, usando da modelagem computacional para processamento de alto desempenho dos fenômenos estudados. A computação científica é o instrumento de otimização das pesquisas, pois diminui o tempo de análise e aumenta a precisão dos resultados. Alcança, além disso, fenômenos complexos que não poderiam ser estudados com a mesma velocidade e qualidade em computadores convencionais.
A plataforma de processamento de alto desempenho, que inclui o Supercomputador Santos Dumont, está aberta para o uso pela comunidade científica brasileira, que nela pode simular os fenômenos e avançar na pesquisa. O Santos Dumont é o supercomputador acadêmico mais veloz da América Latina, com capacidade de processamento de 5,1 quatrilhões de operações por segundo, o que equivale à capacidade de mais de 10 milhões de notebooks domésticos, na teoria.
Com a Pós-graduação em Modelagem Computacional, formando Mestres e Doutores, somada aos cursos, seminários e eventos realizados periodicamente, o LNCC promove a difusão da computação científica no Brasil.
O Laboratório de Bioinformática do LNCC tem-se destacado na pesquisa genômica, sendo o destaque mais recente os sequenciamentos do vírus da COVID-19.
Impacto na sociedade
As pesquisas do LNCC têm impactado importantes áreas da economia brasileira. Além dos desenvolvimentos em modelagem computacional, temos como exemplo: a indústria farmacêutica com a simulação de acoplamentos moleculares; petróleo e gás com as pesquisas e reservatórios, inclusive do pré-Sal; simulação da hemo-circulação humana para diagnóstico e tratamento de doenças cardiovasculares; estudos genômicos de causadores de doenças negligenciadas; estudos do clima e biodiversidade; etc.
A equipe de pesquisadores do LNCC publica ao redor de 200 trabalhos científicos por ano, muitos em parceria com pesquisadores de mais de 50 países. Artigos de pesquisadores do LNCC alcançaram mais de 1.400 citações científicas. Foram 18 registros de software e 5 patentes depositadas até 2018.
Os mais de 300 Mestres e Doutores em Modelagem Computacional formados no LNCC (Conceito 7 na CAPES) atuam em 14 estados brasileiros difundindo o conhecimento sobre a computação científica. Sua produção científica recebeu 17 menções honrosas desde o início do curso em 2000.