O CAFÉ NOSSO DE CADA DIA
Por Silvana Coelho
O café é uma das grandes paixões do povo brasileiro. Presente em 98% das casas, você consegue de longe sentir o cheirinho e sem dúvidas, até mesmo aqueles que não apreciam a bebida, não ignoram seu aroma convidativo, muito menos deixam de comprar. Afinal de contas, basta chegar um convidado ou iniciarmos uma reunião profissional que logo perguntamos: aceita um café?
Não é à toa que de acordo com o IBGE e a ABIC, o Brasil ocupa o segundo lugar entre os maiores consumidores do mundo e na produtividade e cultivo nosso país está em primeiríssimo lugar.
“Cafecólatra” assumida, tão logo começou a necessidade de “ficar em casa”, por conta da pandemia, a primeira coisa que verifiquei na minha despensa foi se havia quantidade suficiente de café para os próximos 15 dias. Para minha sorte, sim. O que eu não imaginava é que passado este período, continuaríamos sem saber até quando estaremos reféns de um vírus que assolou nosso planeta.
Até que um belo dia acordo e me dou conta de que o café acabou. Meu desejo insaciável, me obrigou a montar a famosa operação de guerra para ir ao supermercado, com mínimo de adorno possível, calçado e roupa específica, álcool em gel, cartão de crédito, para evitar manusear dinheiro, sem máscara (até então não estava sendo recomendado) e sem celular. Lá estava eu em busca desenfreada pela minha bebida favorita. Aproveitei para comprar tudo que necessitava para o próximo mês, seguindo as recomendações da OMS.
Foi aí que notei que não era só o álcool em gel que estava deixando as gondolas vazias. Percebi que houve um aumento no consumo do café. Na dúvida telefonei para a diretoria do Café Favorito, relatei o que eu havia constatado e perguntei como estava a rotina de produção por conta da atualidade. Em resposta, me disseram que continuam mantendo a produção, com o mesmo carinho e profissionalismo de sempre, tomando os devidos cuidados com a equipe, higiene e segurança sanitária, sempre seguindo os protocolos divulgados, adequando-se a nova realidade.
Ávida pelo comportamento humano, liguei para algumas pessoas, profissionais que intensificaram seus serviços Home Office e perguntei se o cafezinho permanecia firme e forte no novo ambiente de trabalho e todos confirmaram aquilo que eu havia suspeitado. Petropolitanos, amigos da região serrana, cariocas, paulistas, capixabas, mineiros e todos deste país que contatei para saber se minha teoria de “cafecólatra” estava certa, disseram sim a minha pesquisa informal e despretensiosa típica de uma curiosa.
Enfim, enquanto me reinvento em tempos de confinamento, chego à conclusão de que em dias difíceis como os atuais, o café nosso de cada dia, nos dá hoje uma grande alegria.
O CAFÉ FAVORITO
Há 74 anos no mercado, o compromisso com a qualidade é tradicionalmente mantido. Embora seja do Sul do Estado, mais precisamente de Volta Redonda, o Café Favorito é um dos mais consumidos da Região Serrana.
O segredo para tanto sucesso, além do comprometimento, está na capacidade de selecionar os melhores grãos, que são 100% arábico, fornecidos há mais de 30 anos por fazendas do sul de Minas Gerais e do Cerrado Mineiro.
São incansáveis na busca do melhor café. O que justifica o delicioso aroma, sabor encorpado e inesquecível.
“Numa portinha da Rua Nelson Godoy, número um, no ano de 1946, o Sr. Euzébio de Oliveira Telles, “Sr. Bibino” instalou a sua loja para atender aos trabalhadores de Volta Redonda com o indispensável cafezinho.
O café servido vinha de trem das terras mineiras, e o nome “Favorito” veio em consequência das constantes filas que as pessoas de Volta Redonda e cidades vizinhas faziam para comprar aquele café cheiroso em saquinhos de papel ou em latas apropriadas”.Fonte de Pesquisa: https://www.favorito.com.br/