O que você pensa quando ouve uma sirene?

*Sincerona
-Colunista doida que fala de tudo e de todos, “na lata”!

Hoje quero fazer uma pergunta: sou eu que sou maldoso ou não dá mais para confiar nem em sirene de ambulância? Lembro que há algum tempo, quando se ouvia uma sirene de ambulância ou da polícia, havia um sentimento geral de que se tratava realmente de uma emergência, uma questão de vida ou morte. Mas hoje, principalmente às 18 horas, parece que todas elas se ligam no automático. Ou que as pessoas escolhem essas horas para infartar, morrer, nascer….

Certa feita, um policial militar me deu uma desculpa para isso: quanto mais rápido eles chegavam aos seus destinos, mais rápido ficavam a postos para novas ocorrências. Bela desculpa! Um dia uma viatura da polícia militar passou a toda numa rua de mão dupla, rompendo o trânsito. Carros se amontoaram o mais próximo das calçadas possível. E lá foi aquela viatura no cumprimento de dever tão relevante à sociedade.
Uns 500 metros depois disso, vi que pararam em frente a um restaurante que eu costumava frequentar.

No dia seguinte, passei nesse estabelecimento e perguntei o que havia ocorrido, se estavam todos bem, pois na véspera vi um carro da polícia parado em frente. – Ah, não… eles vieram almoçar. Almoçam aqui quase todos os dias. Gostam da nossa comida. Não sei precisar se aquela guarnição naquele dia cumpriu mais alguma diligência após se fartar de uma feijoada caprichada, mas cabe-lhe o benefício da dúvida.
E isso tudo me fez lembrar que na infância me ensinaram: não grite socorro à toa. Senão, um dia quando for de verdade, ninguém lhe socorrerá.

Confesso que ainda acredito nos sinais dos Bombeiros. Não fico imaginando que no volante há alguém utilizando o “jeitinho brasileiro” para se dar bem, mas que estão indo cumprir alguma missão importante. Nos demais casos, minha mente vai longe…

Despeço-me no aguardo uma sociedade mais cidadã e com o profundo desejo de que os representantes do Estado que atuam na rua, sejam exemplo de civilização.

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