Sexta-feira repleta de eventos no 18º Festival Dell´Arte de Inverno
O bullying abordado em uma peça de teatro, um recital de flauta e violoncelo, um espetáculo sobre a tradição indígena, um show de bandolim e uma noite de cavaquinho é o que oferece a programação do 18º Festival de Inverno de Petrópolis, promovido pelo Instituto Dell’Arte, nesta sexta-feira, 13 de julho, espalhada por belos espaços culturais da cidade.
No Theatro D. Pedro, às 14h, vai ser encenada peça “Quem é você”, abordando o bullying como tema, numa produção da Fundação Cesgranrio. Integrando a série “Concertos à Luz de Velas”, realizada no Museu Imperial, às 18h, os artistas Geisa Felipe na flauta eHugo Pilger no violoncelo prometem encantar a plateia, com obras de Mozart e Haydn. Às 19h30m, oTheatro D. Pedro abre novamente as suas portas neste dia recebendo o espetáculo Raízes Indígenas, com o Coral Cênico da CESGRANRIO. O bandolinista Henrique Cazes vai estar no Palácio de Cristal, às20h30m, no “SESI Cristal Jazz”, homenageando o centenário de Jacob do Bandolim em “Herdeiros de Jacob”, dirigido por Haroldo Costa. Fechando a noite, Joãozinho do Cavaco & Família se apresentam noCuba Pub, às 21h30.
Entrada franca em todos os eventos. Tradição mantida, a “Campanha da Solidariedade” está presente também nesta edição. O movimento tem como objetivo arrecadar alimentos não perecíveis para instituições carentes. Pede-se a doação de um alimento como ingresso nos espetáculos programados.
Bullying é tema de teatro
A peça teatral “Quem é você” da Fundação CESGRANRIO, que tem como público alvo estudantes do ensino fundamental, da quinta a nona série, trata do cruel problema que pode deixar marcas irrecuperáveis para quem sofre com ele: o bullying. O desafiador e polêmico assunto no meio acadêmico é atualmente considerado um caso de saúde pública. Através de uma forma lúdica e divertida, a peça expõe a situação daqueles que sofrem com o mal e dos que o praticam permitindo assim um outro olhar na percepção dobullying em outra perspectiva. O trabalho faz parte do projeto “Teatro nas Escolas”, que tem o objetivo de formar plateia para o teatro e promover reflexões sobre os temas abordados nos espetáculos.
O objetivo é desencorajar a prática do bullying nas escolas, despertando a consciência para o alerta de quanto o problema pode influir negativamente na vida das pessoas. Simulando máscaras que escondem as fraquezas humanas, bonecos fantoches estão no contexto da narrativa que aborda situações cotidianas vividas entre os estudantes, propondo a desarticulação do bullying. A direção é de Mário Fonseca e o texto de Leandro Bellini.
Um olhar sobre a tradição indígena
O espetáculo Raízes Indígenas, uma verdadeira explosão de luz e som, é encenado por 48 integrantes daOficina de Canto Coral Cênico CESGRANRIO, onde cantores, bailarinos e atores viajam pela história indígena em diferentes linguagens, sob a direção de Jonas Hammar. O trabalho consistiu em um intenso processo de pesquisa, preparação vocal e corporal e tem como objetivo divulgar a cultura brasileira. Com canções interpretadas em suas línguas originais, revelando aspectos da tradição indígena, ele mescla clássicos da MPB e cantigas de roda e música erudita.
No repertório, com adaptação de Christian Bizzotto, Araruna, dos índios Parakanã do Pará, com arranjos de Marlui Miranda; O Canto do Pajé, de Heitor Villa-Lobos e C. Paula Barros; Curumim, de Djavan, com arranjos de Marcos Leite são alguns dos destaques.
Henrique Cazes no Palácio de Cristal
Henrique Cazes é Mestre em etnomusicologia pela Escola de Música da UFRJ. O primeiro instrumento que tocou foi o violão. Ele tinha seis anos de idade. Progressivamente outros foram sendo incorporados em sua vida: cavaquinho, bandolim, violão tenor, banjo, viola caipira e guitarra elétrica, sempre como autodidata. Sua estreia profissional no Conjunto Coisas Nossas, em 1976. Quatro anos depois trabalhou com o bandolinista Joel Nascimento e o maestro Radamés Gnattali. Seu primeiro disco foi lançado em 1988, assim como o do método “Escola Moderna do Cavaquinho”, o livro didático mais utilizado sobre o instrumento. Vieram outros discos e CDs. É professor de cavaquinho na UFRJ e foi um dos responsáveis pela implantação do bacharelado em Cavaquinho.
Flauta e violoncelo
Geisa Felipe é formada pela Escola Superior de Música de Freiburg, na Alemanha, obtendo com nota máxima o Diploma de Artista. Também conseguiu na mesma instituição a nota máxima e Honra ao Mérito no diploma de Solista. Foi aluna de um dos mais renomados flautistas, Felix Renggli. No Brasil ela estudou com Celso Woltzenlogel na Escola de Música da UFRJ. Foi premiada em vários concursos nacionais e internacionais, entre eles: o Nelson Freire, da Associação Brasileira de Flautistas, Jovens Solistas Armando Prazeres, Jean-Pierre Rampal (França) e Aurèle Nicolet (China). Tem destacadas atuações como solista, camerista e integrante de grupos sinfônicos.
Doutor em música pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO),
Hugo Pilger é formado no curso de Bacharelado em Instrumento Violoncelo na mesma instituição. Com suas turnês percorreu além do Brasil, países da Europa, América do Sul e do Norte. Tem se apresentado como solista em diversas orquestras, entre elas: Orquestra Petrobras Sinfônica, Orquestra do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Orquestra Sinfônica Nacional e Orquestra Sinfônica Brasileira. Em 2016, pelo seu CD “Hugo Pilger interpreta Ernani Aguiar”, ganhou dois significativos prêmios de música do Rio Grande do Sul, o Açorianos, como melhor intérprete e melhor álbum.
Música em família
Com arranjos assinados por Joãozinho do Cavaco, ele, a esposa, Eliana Ramos (vocal) e seu filho João Victor Ramos (cavaquinho) sobem ao palco em uma apresentação que passa pelo choro, samba, MPB e clássico. Quem acompanha em participação especial é o percussionista Anderson Sabadine, amigo da família e da música há quase 30 anos.
Joãozinho do Cavaco é pioneiro no ensino técnico de cavaquinho em Petrópolis. Atuando desde 1980, vem formando centenas de músicos profissionais. É autor do projeto Oficina de Música, totalmente gratuito para crianças da rede pública de ensino. Tocou ao lado de grandes nomes nacionais, entre eles, Luiz Gonzaga, Nelson Gonçalves, Alcione, e Leila Pinheiro. Pela Ordem dos Músicos do Brasil ganhou o prêmio “Cavaquinho de Ouro”, com Encontro de Cordas, de melhor conjunto instrumental pela Academia Petropolitana de Letras, entre outros. Seu primeiro CD “Joãozinho do Cavaco” foi gravado no Theatro D. Pedro.
O 18º Festival de Inverno de Petrópolis é promoção do Instituto Dell’Arte em parceria com a Fundação CESGRANRIO e SESI. Apoio da Prefeitura Municipal de Petrópolis, Turispetro – Secretaria de Turismo, Secretaria de Educação e Instituto Municipal de Cultura e Esporte, patrocínio de Águas do Imperador ecorrealização Stretto, Ministério da Cultura/Governo Federal.
18 º Festival de Inverno de Petrópolis/Dell’Arte
6 a 15 de julho de 2018
SERVIÇO
13 de julho, sexta-feira, 14h
“Quem é você?
Peça teatral sobre bullying nas escolas
Texto: Leandro Bellini
Direção: Márcio Fonseca
Produção: Fundação Cesgranrio
Local: Theatro D. Pedro
Praça dos Expedicionários, s/n – Centro
Tel: (24) 2235-3833
Capacidade: 510 lugares
Entrada franca
13 de julho, sexta-feira, 18h
“Concertos à Luz de Velas”
Recital de flauta e violoncelo
Geisa Felipe, flauta
Hugo Pilger, violoncelo
Obras de: Haydn, Mozart, Debussy e outros
Local: Museu Imperial – Cineteatro
Rua da Imperatriz, 220 – Centro
Tel: (24) 2233-0300
Capacidade: 150 lugares
Entrada franca
Acesso para deficientes
13 de julho, sexta-feira, 19h30m
Raízes Indígenas
Coral Cênico
Direção: Jonas Hammar
Produção: Fundação CESGRANRIO
Local: Theatro D. Pedro
Praça dos Expedicionários, s/n – Centro
Tel: (24) 2235-3833
Capacidade: 510 lugares
Entrada franca
13 de julho,sexta-feira, 20h30m
“SESI Cristal”
Série “Herdeiros de Jacob”
Homenagem ao centenário de Jacob do Bandolim
Com Haroldo Costa
Henrique Cazes, bandolim
Local: Palácio de Cristal
Rua Alfredo Pachá, s/n – Centro
Tel: (24) 2247-3721
Capacidade: 250 lugares sentados
Não possui estacionamento
Acesso para deficientes
Entrada franca
13 de julho, sexta-feira, 21h30
“Música na Serra”
Joãozinho do Cavaco & Família
Local: Cuba Pub
Av. Piabanha, 191 – Centro
Tel: (24) 2243-0821
Não possui estacionamento
Entrada franca
Entrada franca – Pede-se a doação de 1 alimento não perecível em prol da Campanha da Solidariedade