Balanço Rock The Mountain 2025: nem o tempo instável em Petrópolis tirou o brilho do festival
*Por Andreia Constâncio
Editora do Acontece na Serra
Nem mesmo o tempo instável em Itaipava, distrito de Petrópolis, foi capaz de tirar o brilho do Rock The Mountain 2025. Nesta sua 12ª edição, realizada nos dois últimos finais de semana na serra do Rio (nos dias 31 de outubro a 2 de novembro e 7 a 9 de novembro), o festival mostrou por que é considerado um dos maiores eventos de música do país.
Com público fiel e lotação máxima nos gramados do Parque Municipal Prefeito Paulo Rattes ( Parque de Itaipava) o evento reafirmou seu status de experiência completa – unindo shows, natureza, arte, gastronomia e sustentabilidade. Muita gente bonita, descolada, de todas as idades, se misturou a dezenas de artistas, em clima de festa e harmonia, numa celebração de amor, paz e música de qualidade.
Diversidade e grandes nomes da música
O line-up desta edição foi um verdadeiro encontro de gerações. Passaram pelos palcos do festival em Itaipava nomes como Caetano Veloso, Ney Matogrosso, Liniker, Criolo, BaianaSystem, Capital Inicial, Marina Sena, Luedji Luna, Céu, Jorja Smith e Chet Faker, entre outros grandes artistas.
Foram mais de 100 apresentações distribuídas por palcos temáticos – Floresta, Estrela, Aurora, Palco Coreto ( para artistas locais) entre outros – que misturaram estilos e sonoridades, refletindo o espírito diverso e contemporâneo do Rock The Mountain.
Experiências e sustentabilidade
Além da boa música, o público encontrou uma programação que transformou o evento em uma verdadeira imersão cultural. A edição 2025 trouxe oficinas de yoga, dança e percussão, espaços de bem-estar, instalações de arte, food parks com culinária local e vegetariana, além de atividades radicais como tirolesa e roda-gigante.
O festival também reforçou seu compromisso com a sustentabilidade e inclusão, com ações de reciclagem, incentivo ao uso de copos reutilizáveis, áreas de descanso e campanhas de acolhimento e segurança.
Nem mesmo a chuva que caiu em alguns momentos dos dois finais de semana esfriou o ânimo dos participantes – pelo contrário, trouxe um toque poético ao cenário da serra, reforçando a conexão entre natureza e cultura que é marca do evento.
A história do Rock The Mountain
O Acontece na Serra do Rio acompanha o festival desde sua primeira edição, em 2013, quando o evento ainda se chamava Ausländer Music Festival. Naquele momento, o formato era menor e experimental, unindo música, arte e moda – mas já demonstrava o potencial de se tornar um grande encontro cultural.
A partir de 2014, o evento ganhou o nome – ainda como subslogan do e vento – Rock The Mountain, assumindo uma nova identidade e ampliando sua proposta artística. De lá para cá, o Acontece na Serra do Rio registrou todas as transformações: a expansão da estrutura, o foco em sustentabilidade, a curadoria cada vez mais plural e o crescimento do público.
Em 2025, o Rock The Mountain celebra 12 anos de história – e o Acontece celebra junto, por ter acompanhado de perto essa trajetória que ajudou a colocar Petrópolis no mapa dos grandes festivais do país.
Um festival com alma da serra
Com cenário deslumbrante da serra, organização eficiente e uma curadoria que respeita o público e o meio ambiente, o Rock The Mountain se consolida como o principal festival da Serra do Rio e um dos mais amados e organizados do Brasil e, talvez, de toda a América Latina.
Mais do que um evento musical, ele representa a união entre natureza, arte e propósito – provando que, mesmo quando o céu fecha, fica mais nublado como acontece nas nossas vidas, o brilho da música é capaz de abrir o tempo e encher de luz as montanhas de Itaipava e a vida do público. VIDA LONGA AO ROCK THE MOUNTAIN!





















