Palco Coreto encerrou programação no Rock The Mountain celebrando sucesso e consolidação do espaço
Espaço abrigou shows de artistas da região e inaugurou a área talks do RTM, com participação de artistas como Margareth Menezes, atual Ministra da Cultura
Palco Coreto ganhou estrutura fixa e fica como legado do festival para a cidade
O palco Coreto encerrou a programação do Rock The Mountain 2023 celebrando o sucesso e a consolidação do espaço que neste ano ganhou uma estrutura fixa e fica para Petrópolis como um presente do festival. O espaço abrigou nos dois fins de semana, 4 e 5 e 11 e 12 de novembro, shows de artistas da região e inaugurou a área talks do RTM com uma área de bate-papo entre artistas, recebendo nomes como da Ministra da Cultura, Margareth Menezes.
“A entrega do Coreto foi um sucesso, muito bom ver tantas pessoas talentosas juntas e celebrando a música independente da cidade. Com momentos em que o Coreto superou 2 mil espectadores, o sucesso do coreto fica inegável. A expectativa para ano que vem é de que consigamos seguir ocupando o coreto e propondo novas programações, enquanto para o Festival Rock The Mountain, a projeção é de que os laços sejam cada vez mais estreitados para aumentar ainda mais a relevância do projeto para cidade, sem falar no impacto que é promovido positivamente”, disse Guilherme de Oliveira, produtor geral do Coreto.
Neste último fim de semana, as talks ficaram por conta de Eliane Dias, Moa e Ana Paula Paulino, com mediação de Taísa Machado, discutindo o tema “Por trás dos palcos”. A última talk no domingo, foi com as cantoras Karol Concá e Gaby Amarantos, que destacaram o “Autocuidado em meio ao caos”, com mediação de Dandara Pagu.
“Desde 2021 aprendi a refletir sobre minhas atitudes, minhas vontades, minhas intensidades e fisicamente a me cercar de pessoas que também pensam dessa forma, que sabem que a perfeição não existe, pessoas que não exigem demais de mim e que não se exigem demais. Eu já me exigi demais a ponto de não ter tolerância com o próximo. Eu aprendi que quando eu tenho paciência comigo eu tenho paciência com o outro. E essa coisa de se cercar de amigos e pessoas legais e leais também contribuem muito para a saúde mental. Hoje eu vivo bem mais leve por conta desse autocuidado que adquiri”, disse Karol Concá sobre o tema da talk.
Questionadas se já se sentiram pressionadas a se encaixar por algum padrão de beleza imposto pela indústria da música, Gaby Amarantos respondeu relatando sua experiência ao longo da carreira. “Quando eu surgi, não tinha nenhuma referência de mulher fazendo o que eu estava fazendo. Eu não tinha nenhuma referência de mulher periférica, que tivesse saído do Norte, com estilo totalmente diferente do mercado. Até hoje as pessoas falam pra mim: ‘Caramba mas tu insistiu no negócio do Tecno-brega?’ e falo: ‘insisti não, agora estou nominada ao Grammy porque eu acreditei no meu estilo. Há 10 anos, quando eu surgi, a gente não tinha ninguém quebrando esses padrões”, comentou, falando ainda sobre a importância do empoderamento e da inclusão.
E não foram só as talks que atraíram público para o Coreto, os shows também conquistaram a atenção de quem passou pelo palco. O line-up dos dois fins de semana teve Duda Queiroz, Kika Notini, Trio Dona Flô e Nega Jay no sábado. No domingo, se apresentaram Slam da Caule que convida Slam das Minas SP, Mariã, Marcela de Sá Arrumadinho SerraForró e Julia Svacinna.
“É o meu primeiro show de verdade, minha primeira apresentação em um festival. E eu estou muito feliz, é uma honra muito grande poder estar aqui e é uma adrenalina muito diferente de tudo que eu já senti. É uma experiência muito única e fico muito feliz que tenha sido aqui no Rock The Mountain. Eu amo estar no palco, eu me divirto muito e acho que a galera curtiu. Todos os shows do Coreto foram muito legais, muito especiais. E acho que todo mundo curtiu muito poder fazer parte desse evento”, disse Julia Svacinna, antes de subir ao palco e encerrar a programação do Coreto.
A jovem contou ainda que o público se envolveu durante as apresentações e cantou junto. “Teve gente que aprendeu a cantar música minha que nem conhecia. Foi muito maneiro. As pessoas estavam muito abertas, querendo se divertir. Realmente foi uma experiência incrível e única”, conclui.